Meninas
de 11 a 13 anos que estudam em escolas públicas e privadas do Distrito
Federal vão receber em 2013 a vacina contra o papilomavírus humano
(HPV).
A imunização deve começar em março e será feita no próprio
colégio, desde que a criança ou adolescente tenha autorização dos pais
para receber a dose, aplicada em três etapas – uma a cada mês. A
informação é da subsecretária de Vigilância à Saúde do Distrito Federal,
Marília Coelho.
Em setembro, o Senado Federal aprovou um
projeto de lei que prevê que meninas de 9 a 13 anos tenham o direito de
receber gratuitamente na rede pública de saúde a vacina contra o HPV. O
texto, de autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), ainda
precisa ser analisado pela Câmara dos Deputados.
Em entrevista à Agência Brasil, Marília
explicou que a Secretaria de Saúde do DF, em parceria com a Secretaria
de Educação, decidiu imunizar, em um primeiro momento, apenas meninas de
11 a 13 anos em razão do preço elevado da vacina. Ela garantiu que, nos
próximos anos, toda a faixa etária prevista no projeto aprovado pelo
Senado vai receber a dose.
“A ideia de vacinar nas escolas é buscar
novas didáticas de vacinação. No caso do H1N1, a gente colocou a vacina
em todos os postos, mas a vacinação foi baixa. Agora, a ideia é não
correr o risco de ter um número baixo de vacinação. Crianças de 11 a 13
anos não estão mais em creches. Quando se trata de bebês, a mãe está de
licença-maternidade e tem disponibilidade para levar. Imagina levar uma
menina de 13 anos para vacinar. A gente avalia que isso seria meio
inviável”.
A subsecretária ressaltou que a dose
contra o HPV é nova no calendário de vacinação da rede pública, mas tem a
eficácia garantida. Reações adversas como febre, segundo ela, podem ser
registradas como em qualquer outro processo de imunização. Para
Marília, o alerta maior é que a vacina protege apenas contra o HPV e não
contra as demais doenças sexualmente transmissíveis (DST).
“Vamos ter que trabalhar muito a ideia
de que você não está protegida contra qualquer doença sexualmente
transmissível. Existem outros fatores que levam ao câncer de colo do
útero, como a sífilis e a endometriose. Uma das preocupações é que as
pessoas não deixem de se cuidar”.
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* Com informações da Agência Brasil e Folha
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