Uma pesquisa reveladora, feita pela revista inglesa FourFourTwo,
apontou a depressão e o consumo de drogas como problemas mais comuns
entre os jogadores de futebol britânicos. A publicação ouviu 100 atletas
de clubes das quatro divisões profissionais da Inglaterra e do
Campeonato Escocês; eles falaram de forma anônima sobre os bastidores da
profissão.
Dentre os 100 jogadores ouvidos, 78
disseram que a depressão é um problema grave entre os atletas. Um
jogador da terceira divisão inglesa, que não se identificou, deu um
depoimento forte. “É um problema que pode afetar qualquer jogador, e sei
porque eu estive lá. O caminho mais fácil era desistir de tudo – eu
estava em meio às trevas”, disse.
Em 2009, a depressão levou o goleiro
alemão Robert Enke a cometer suicídio. O atacante Dean Windass,
ex-atleta do Hull City, revelou no ano passado que tentou se matar
devido a um estado de depressão motivado por problemas financeiros.
O consumo de drogas também foi citado
como uma questão alarmante pelos jogadores. Dos 100 atletas
profissionais ouvidos, metade disse que já viu colegas consumindo drogas
“recreativas”, especialmente cocaína. “Eles preferem a cocaína porque o
corpo elimina a substância rapidamente”, disse um meio-campista do
Campeonato Escocês, que também teve o nome mantido em sigilo.
Windass (à esquerda), tentou se matar devido a depressão |
Dentre os jogadores ouvidos, 13 disseram
acreditar que há colegas que usam drogas para aumentar a performance;
14 afirmaram que a manipulação de resultados ainda existe e é um
problema grave do futebol, enquanto 26 disseram já terem presenciado
atos de racismo no futebol.
Os atletas que responderam à pesquisa
também mostraram uma tendência de intolerância à abertura do mercado
europeu: para 43 deles, há muitos jogadores estrangeiros jogando no
continente.
A pesquisa também abordou um tema
polêmico no mundo do futebol: a existência de jogadores gays. Para 25
atletas ouvidos, um jogador assumidamente homossexual seria massacrado
no mundo do futebol; outros 62 disseram que os colegas não teriam
problemas para aceitar um gay como colega de time.
Fonte: ESPB
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